11/01/10

XII





"Para meu coração basta o teu peito,
Para tua liberdade basta minhas asas
De onde minha boca chegará até ao céu
o que estava entorpecido sobre a tua alma
É em ti a ilusão de cada dia
Chegas com o orvalho das corolas
Socava o horizonte com a tua ausência
Eternamente em fuga como a onda
Eu falei que cantavas com o vento
Como os pinheiros e como os mastros
Como eles é alta e taciturna
E entristeces de pronto, como uma viagem
Acolhedora como um velho caminho
Te povoam ecos e vozes nostálgicas
Eu despertei e às vezes migraram e fugiram
Os pássaros que adormeciam em tua alma"

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