24/02/08

Seda

Sou fã de Alessandro Baricco e já tinha escrito acerca do livro Seda num outro blog...
O escritor afirma que Seda "não é um romance nem um livro, mas sim uma história, e começa com um homem que dá a volta ao mundo, e acaba num lago, onde se deixa ficar, num dia de vento. O homem chama-se Hervé Joncour. O lago não se sabe. Poder-se-ia dizer que é uma história de amor, mas se fosse apenas isso não valeria a pena contá-la. Tem a ver com desejos e dores, que se sabe muito bem o que são, mas um nome verdadeiro para os dizer, não há. De qualquer forma, não é amor - isto é algo de antigo quando não há um nome para dizer as coisas, então usam-se histórias. Funciona assim. Há séculos.
Todas as histórias têm a sua música própria. Esta tem uma música branca. É importante dize-lo porque a música branca é uma música estranha, às vezes desconcertante: toca-se baixinho e dança-se devagar. Quando bem tocada é como ouvir tocar o silêncio, e os que a dançam como deuses parecem imóveis ao olhar. É algo sobremodo dificil a musica branca. Mais a acrescentar não há. Convirá porventura a esclarecer que se trata de uma historia oitocentista: apenas para que ninguem esteja à espera de aviões, máquinas de lavar e psicanalistas. Não os há."
O filme é realizado por François Girard, e infelizmente retira à história grande parte da sua sensualidade e erotismo. Continuo a preferir o livro...

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